segunda-feira, 28 de junho de 2010
E-mail de Voltaire a Rousseau - Agosto de 1775
Há de se espelhar, todavia, gente com classe é outra coisa.
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sábado, 26 de junho de 2010
Kerouac Versus
Retorno ao clássico desentoado estilo beat.
Tão atemporal e sagaz quanto em suas origens.
fluxo de consciência, liberdade,
Kerouac versus quem der a cara à tapa.
Kerouac VS Bukowski
“Na América, quando você acha que é o único que está percebendo alguma coisa, se sente como se fosse um rei. As mulheres deixam de ser misteriosas, as ruas são iluminadas por cada passada que damos e qualquer fodão que aparece na sua frente se transforma num verdadeiro otário. Todavia, quando você descobre que tem um monte de maluco pensando da mesma forma, de duas uma, ou você pira de vez e se entrega ao deserto, ou então se alia a eles.”[...]
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Um vivente eterno
Hoje não é para ser um dia triste, ele não concordaria. Hoje não é para ser um dia de luto, ele não apoiaria. Hoje, porém, uma intensa luz apagou-se aproximando mais o homem para um breu completo.
Mas esperto foi esse indivíduo. Deixou respingos dessa luz ao nosso dispor, a luz de seu ser transposta em palavras continuará servindo para iluminar os espaços cavernosos de nossas mentes - mesmo narrando ausência de sentidos ou reescrevendo a História, considerando suas frases longínquas e narrativas metafísicas.
"Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe"
terça-feira, 15 de junho de 2010
Contemporâneo...
"Não há, com efeito, nada mais aborrecido do que ser, por exemplo, rico, de boa família, ter boa aparência, ser bastante esperto e mesmo sagaz e, todavia, não ter talento, nenhuma faculdade especial, nenhuma personalidade mesmo, nenhuma idéia pessoal, não sendo propriamente mais do que "como todo mundo".
Ter fortuna, mas não ter a de Rothschild; ser de uma família honrada, mas que nunca se distinguiu por qualquer feito; ter uma boa aparência, mas, mesmo com ela, não exprimindo nada de particular; ter inteligência, mas nenhuma idéia própria; ter bom coração, mas sem nenhuma grandeza de alma; ter uma boa educação mas nem saber o que fazer com ela etc, etc...
Há uma extraordinária multidão de gente assim no mundo, muito mais até do que a muitos possa parecer. Essa multidão pode, como toda a outra gente, ser dividida em duas classes: os de inteligência limitada e os de alcance mais vasto. Os primeiros são os mais felizes. Nada é mais fácil para essa gente "comum", de inteligência restrita, do que se imaginar original e mesmo exceção, e folgar com essa ilusão, nunca chegando a perceber o equívoco.
Basta a muitas de nossas mocinhas cortarem o cabelo de certo modo e usarem óculos azuis e se cognominarem de niilistas, para ficarem de vez persuadidas de que, com isso só, obtiveram automaticamente "convicções" próprias. Basta a certos cavalheiros sentir o mais leve prurido de qualquer erupção bondosa e humanitária para que imediatamente fiquem persuadidos de que ninguém mais sente o que eles sentiram, e de que formam a vanguarda da cultura. Basta a certos indivíduos assimilar uma idéia expressa por outrem, ou ler qualquer página solta, para imediatamente acreditarem que essa é a sua opinião pessoal espontaneamente brotada de seu cérebro.
A imprudência da simplicidade é, se assim se pode dizer, espantosa, em tais casos. Por mais incrível que pareça, isso existe."
Fiodor Dostoievski, O idiota (1868)
sábado, 5 de junho de 2010
Sartre e a fugacidade do tempo
O filósofo afirma que o homem está condenado à liberdade, entretanto, o “ser livre” consiste não em poder escolher os diversos caminhos, mas em determinar-se a escolher um entre todos. Visto isso, cabe concluir que toda e qualquer conseqüência nascida da tomada de decisão é, por justa causa, responsabilidade de quem a tomou. Sobre a morte, é irrevogável sua iminência e relevância frente à existência. Invariavelmente, por mais injusto que o pareça, a curta vida, quando atingido seu auge, ficará marcada pelo suspiro final, em outras palavras, seu último maior ato reportará eternamente a consciência viva de seus dias enquanto vivo(a).
O trabalho contrário a essa lei da natureza (pode ser tratada aqui como contra-angústia) seria o desvio de importância sobre a última experiência para as diversas outras adquiridas e acumuladas ao longo da vida, muitas delas servindo como válvula de escape à angústia de não conseguir medir a longevidade da existência. Fotografias de família, de anos juvenis, de uma miscelânea de realizações - profissionais, acadêmicas, atléticas, etc. -, dos mais diversos motivos, em sua grande parte fases positivas, aliviam a necessária fugacidade à derrota, à irrelevância do ser, à nociva insignificância como membro perecível e reciclável do meio social humano.
Por fim, dá-se valor á essa busca enquanto forma de melhoria do ser humano. Muitas vezes a procura por novas fontes de redenção pessoal são enormemente beneficentes à sociedade. Entretanto, as fotografias, peças descartáveis e sujeitas a desfalecerem-se frente ao tempo, fazem uma alusão para que o homem sempre busque se renovar e se render às possibilidades do acaso o qual a conseqüência dos seus atos pode levá-lo.
terça-feira, 1 de junho de 2010
sustentável hipócrita
Alan Frampton